Ministério da Saúde padroniza terapia nutricional em hospitais da rede pública

19 de maio de 2009


O Ministério da Saúde publicou na última segunda-feira, 20 de abril, portaria que define novos critérios para a assistência hospitalar a pacientes com necessidade de nutrição enteral ou parenteral. Segundo o ministério, a medida visa a beneficiar os cerca de 50% de pacientes internados na rede pública que apresentam desnutrição, beneficiando sua recuperação, reduzindo as chances de infecções e, consequentemente, o tempo de internação.


Os principais beneficiados serão os usuários do sistema público de saúde que dependem desse tipo de terapia para evitar ou tratar a desnutrição. Em muitos casos, como em pacientes com câncer ou com distúrbios gastrintestinais severos, a falta de terapia nutricional aumenta o risco de morte e dificulta a recuperação.


A nutrição enteral, bem como a parenteral, têm o objetivo de garantir a nutrição adequada ao paciente, evitando a falta de nutrientes em situações clínicas em que a alimentação via oral é insuficiente ou ausente.


A diferença entre elas é que enquanto que na nutrição enteral os alimentos chegam ao trato gastrintestinal através de uma sonda, a parenteral é feita por acesso venoso.


Regras mais rígidas


As novas regras trazem pré-requisitos mais rígidos e fazem dos hospitais responsáveis pela prestação integral do serviço. Os 211 hospitais habilitados em 12 estados funcionarão como Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional ou Centros de Referência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional. Os demais 598 hospitais, que não preencheram os critérios, terão um prazo de 12 meses para se adequar. Neste período, permanecerão realizando o atendimento aos pacientes normalmente.


Entre os pré-requisitos, os Centros de Referência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional passarão a manipular e fabricar as dietas enterais ou parenterais. Já nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional, a fabricação da dieta será facultativa, podendo ser terceirizada. Todos os hospitais habilitados devem ter Unidade de Terapia Intensiva (UTI), hemoterapia disponível 24 horas, laboratório de análises clínicas e serviço de imagenologia.


Mais qualidade para o paciente


Segundo o secretário de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, além do controle sanitário, que já é realizado pela Anvisa, o Ministério da Saúde visa a garantir maior qualidade aos serviços oferecidos e dar ao paciente a assistência integral de que ele necessita.


Um exemplo disso é a exigência, a partir desta portaria, de uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, nutricionista, entre outros profissionais de saúde nas unidades de saúde que realizarem a terapia enteral. Também será necessário que o coordenador clínico seja médico com título de especialista em uma área correlata, como nutrologia, gastroenterologia, pediatria ou cirurgia. No caso de nutrição parenteral, o coordenador clínico deverá ter título de especialista em Terapia Nutricional.


A portaria não isenta os estabelecimentos de cumprirem os requisitos mínimos estabelecidos pela RDC nº 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulamenta os serviços de Nutrição Enteral, e também do PT SVS nº272/1998, que estabelece as boas práticas de preparo e administração da terapia nutricional.


Terapia Nutricional em números


Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2008 foram realizados 1.042.933 procedimentos em Terapia Nutricional, totalizando R$ 37.111.661,07. Em novembro foi publicada portaria (GM/MS nº 2.860) estabelecendo nova incorporação ao Teto Financeiro dos estados e municípios, no valor anual total de R$ 4.150.338,79. Esse montante é destinado aos 211 hospitais, listados na portaria atual e para efetivação das novas habilitações. A incidência de desnutrição hospitalar ocorre em cerca de 50% dos pacientes internados em hospitais brasileiros.


Autor: Chico Damaso


Referência(s)


Ministério da Saúde. Média e Alta Complexidade. Portarias de Terapia Nutricional.

Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/sas/mac/visualizar_texto.cfm?idtxt=23187. Acessado em 15/05/2009.


Ministério da Saúde. Notícias. MS padroniza oferta de terapia nutricional no SUS. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=10100. Acessado em 15/05/2009.


Simpósio Em Ciência e Tecnologia de Alimentos sbCTA - Bahia

12 de maio de 2009

Os indicadores sociais, econômicos e cientificos, no presente momento, apontam para a necessidade dos diversos setores na área de alimentos em participarem mais efetivamente do cenário produtivo e acadêmico.

Na área acadêmica, existem efetivamente diversos cursos de Graduação e Pós-Graduação voltados para a área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, e a cada dia as ações governamentais e privadas, estimulam o pólo industrial a atrair o setor da indústria de alimentos.

As universidades e os Centros de pesquisas devem assumir o compromisso com a sociedade, para estabelecer um momento cientifico destinado ao ensino, a pesquisa e ao intercâmbio na difusão de conhecimentos na área de Tecnologia e Ciência de Alimentos dando ênfase aos aspectos de qualidade e inovação nutricional dos alimentos.

Sendo assim, este Simpósio tem como objetivo apresentar temas atuais relacionados à Ciência e tecnologia de Alimentos, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de Novas Tecnologias e Qualidade de alimentos; Congregar Profissionais e Pesquisadores da área de Alimentos; Contribuir na difusão do conhecimento das pesquisas geradas em Ciênia e Tecnologia de Alimentos.

Público Alvo: profissionais do seto de pesquisa e desenvolvimento, professores e estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de Farmácia, Nutrição, Engenharia de Alimentos, Agronomia e Áreas afins.

Período: 28/05/2009 a 30/05/2009

Local: Hotel Porto Bello, localizado na Av. Presidente Vargas, n. 2275 - Ondina - Salvador - Bahia, próximo a Universidade Federal da Bahia

Taxa de inscrição de 01/020 a 15/04:
Estudantes Sócios sbCTA:R$ 70,00
Estudantes Não-sócios sbCTA:R$ 80,00
Profissionais Sócios sbCTA: R$ 110,00
Profissionais Não-Sócios sbCTA: R$ 160,00

Taxa de Inscrição de 16/04 a 28/05:
Estudantes Sócios sbCTA:R$ 80,00
Estudantes Não-sócios sbCTA:R$ 90,00
Profissionais Sócios sbCTA: R$ 120,00
Profissionais Não-Sócios sbCTA: R$ 170,00

Comissão Organizadora
Eliete da Silva Bispo
Alaise Gil Guimarães
Ana Cristina Oliver Santos

Comissão Cientifica
Celso Duarte Carvalho Filho
Janice Isabel Druzian
Rogéria Camastri de Castro Almeida
Ryzia de Cássia Vieira Cardoso


Inscrições e Informações:
www.simposio.far.ufba.br
(71) 3283 - 6921 sbcta@ufba.br

O sal light pode ser recomendado para pessoas sem problemas cardíacos?

Sim. A recomendação de ingestão diária de sal light é uma estratégia para a redução da ingestão de sódio, servindo como prevenção a problemas cardíacos e hipertensão, uma vez que o excesso de sódio é um dos fatores nutricionais associados a estas doenças.

O consumo de sal comum deve ser de, no máximo, 6 g por dia, o que equivale a aproximadamente 2,4 g de sódio, ou uma colher de chá por dia. Entretanto, estudos observam que a média do consumo de sal pelos brasileiros chega a ser o dobro desta quantidade.
O sal light é composto por cloreto de sódio e cloreto de potássio, contendo metade da quantidade de sódio do sal comum e cerca de 200 mg de potássio em cada grama (comparado a 0,08 mg de potássio por grama do sal comum).

A recomendação para o consumo de sal light e/ou a diminuição da ingestão de sal comum são mais enfatizadas na orientação nutricional dada às pessoas que já apresentam problemas cardíacos, como uma medida de urgência.

Uma dieta rica em potássio também pode ser benéfica para estes pacientes. Estudos demonstram que este mineral ajuda a diminuir níveis pressóricos em hipertensos leves e diminui a incidência de acidentes vasculares cerebrais por meio de possíveis mecanismos, tais como indução de natriurese/diurese, redução dos níveis dos hormônios supressores (renina-angiotensina-aldosterona e noradrenalina), aumento dos hormônios vasodilatadores e aumento da sensibilidade dos barorreceptores.

Embora o sal light seja uma forma simples e barata de suplementação de potássio e redução da quantidade de sódio na dieta, o tempero deve ser evitado por pacientes com doenças renais, pois, nestes casos, o mau funcionamento dos rins gera acúmulo de potássio no organismo, podendo causar problemas cardíacos.

Autora: Iara Waitzberg Lewinski

Bibliografia (s)

Lotaif LAD, Junior OK, Zanella MT, Kohlmann NEB, Ribeiro AB. Efeito da suplementação de potássio através do sal de cozinha na hipertensão arterial leve a moderada. J Bras Nefrol. 1995;17(4):214-8. Disponível em: http://www.jbn.org.br/17-4/v7e4p214.pdf. Acessado em: 30/04/2009.

Assunção AMP. Hipocalemia em pacientes com síndrome da resposta da fase aguda. TESE. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. 2006. Disponível em: http://www.uftm.edu.br/patolo/imagem/Tese_%20Angela_PolveiroME.pdf. Acessado em: 30/04/2009.

Bisi Molina MC, Cunha RS, Herkenhoff LF, Mill JG. Hipertensão arterial e consumo de sal em população urbana. Rev Saúde Pública. 2003;37(6):743-50. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v37n6/18017.pdf. Acessado em: 07/05/2009.

Folha on line. Especialistas esclarecem 25 dúvidas sobre o consumo de sal. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4191.shtml. Acessado em: 30/04/2009.

UNIFESP. Tabela de Composição Química dos Alimentos. Disponível em: http://www.unifesp.br/dis/servicos/nutri/. Acessado em: 05/05/2009.


Retirado de: NUTRITOTAL. Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&categoria=1&id=513

Estudo alerta para importância das calorias das bebidas


Sempre de olho no que comemos, muitas vezes nos esquecemos que boa parte das calorias ingeridas está nas bebidas. Refrigerantes, sucos, leite, bebidas alcoólicas, entre outras, trazem consigo calorias muitas vezes determinantes no sucesso ou fracasso de uma dieta.


O alerta vem de um estudo realizado na Johns Hopkins School of Medicine, nos Estados Unidos, que avaliou 810 adultos com idades entre 25 e 79 anos. Os pesquisadores monitoraram a redução de consumo de líquidos e alimentos sólidos de voluntários durante 18 meses. Nos primeiros seis meses, nos pacientes com redução de calorias proveniente de bebidas açucaradas, tais como refrigerantes e sucos industrializados, houve perda de meio quilo no período.


Em outro grupo, com redução de quantidade equivalente de calorias, porém provenientes de alimentos sólidos, a diminuição de peso foi cinco vezes menor.


Para a nutricionista Alessandra Lucca, doutora pela Faculdade de Saúde Pública da USP, o estudo é um alerta para não negligenciarmos as calorias das bebidas que contêm açúcar. “O estudo reforça que bebidas como refrigerantes, refrescos e outras bebidas adoçadas com açúcar são bastante calóricas e devem ser contabilizadas na dieta e, se possível, reduzidas ou substituídas”.


O estudo


A ingestão alimentar foi medida por meio de questionários respondidos por telefone, sem aviso prévio.


Pesquisadores dividiram as bebidas em várias categorias com base em valor calórico e nutricional de suas composições: adoçadas com açúcar (refrigerantes, refrescos, polpas, ou outras bebidas de alto valor calórico adoçadas com açúcar) ou bebidas dietéticas (refrigerantes diet ou outras bebidas adoçadas com adoçantes artificiais), leite (integral, 2% de gordura, baixo teor de gordura e desnatado), sucos (100% provenientes de frutas e vegetais), café e chá com açúcar, café e chá sem açúcar e bebidas alcoólicas.


Eles descobriram que 37% das calorias líquidas eram provenientes de bebidas adoçadas com açúcar.


Calorias sólidas x calorias líquidas


Segundo Benjamin Caballero, professor da Johns Hopkins e autor principal do estudo, o resultado revela que regulamos melhor a ingestão de calorias sólidas do que de líquidas, ou seja, é mais fácil exagerar quando bebemos do que quando comemos.


A constatação pode ser observada no dia-a-dia das pessoas, que raramente contabilizam as calorias ingeridas por bebidas e acabam exagerando na dose. O fato é comprovado pelos crescentes números do consumo, por exemplo, de refrigerantes no mundo inteiro.


Outro ponto negativo para as bebidas calóricas está na falta da necessidade de mastigação, presente nos alimentos sólidos. É ali que inicia o mecanismo de regulação da saciedade. Ao mastigar e deglutir um alimento, estimulamos as regiões do cérebro responsáveis por regular a satisfação.


O açúcar frequentemente utilizado em bebidas também interfere nesta diferença. Por ser um carboidrato simples, de rápida absorção, ele estimula a produção de insulina, favorecendo o estoque da energia ingerida em forma de gordura.


Fique de olho!


Um dos principais vilões das dietas de emagrecimento, especialmente quando não são orientadas por um profissional, são os refrigerantes regulares. Os sucos, apesar de serem excelentes fontes de vitaminas e minerais, também merecem atenção e não devem ser consumidos à vontade, já que contêm calorias.


Muitos indivíduos tomam sucos de frutos em abundância, certos de que estão fazendo somente bem ao organismo enriquecendo-o de vitaminas. Mas nem todas as versões são assim. Os sucos de caju, acerola, pêssego, limão, morango, melão ou maracujá, adoçados sem açúcar, são boas opções por serem provenientes de frutas com baixas calorias. O mesmo não podemos dizer da laranja, manga ou uva, que devem ser consumidas na forma de suco moderadamente.


“As bebidas açucaradas ingeridas durante os intervalos das refeições podem ter outro efeito negativo, pois quando ingerimos algo rico em açúcar depois de algumas horas sem comer, o açúcar é rapidamente disponibilizado em nossa corrente sanguínea, aumentando nossa glicemia e saciando momentaneamente nossa fome. No entanto, da mesma forma que o aumento da glicemia se deu de forma rápida, ocorre a queda, estimulando ao organismo a sensação de fome novamente”, alerta a nutricionista.


Embora os sucos naturais contenham mais calorias que as bebidas diet/light, não devemos ignorar que eles fornecem vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento de nosso organismo. Para substituí-los, há no mercado diversas opções interessantes, como a água de coco.


“A água de coco é um excelente repositor de eletrólitos, comumente perdidos em atividades intensas. Outra dica, especialmente para aqueles que não dispensam um refrigerante, são as águas aromatizadas, que não contêm calorias, mas possuem gás, saciando a vontade”, completa Alessandra.



Autor(a): Chico Damaso


Referência(s)


Johns Hopkins School of Medicine School of Public Health. Beverage Consumption a Bigger Factor in Weight. Disponível em http://www.jhsph.edu/publichealthnews/press_releases/2009/caballero_beverage_consumption.html. Acessado em 30/04/2009.


Bioestética na Nutrição

7 de maio de 2009

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